segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Fr. José Marques e Silva

Frei José Marques e Silva nasceu em Vila Viçosa em 1780, onde estudou com Joaquim Galão. Aos vinte e dois anos veio para Lisboa ocupar o cargo de organista na Igreja dos Frades Paulistas, onde professou. Na capital, estudou com João José Baldi e, quando este ocupou o cargo de Mestre da Capela Real da Bemposta, vago pela morte de Luciano Xavier dos Santos em 1808, chamou Marques e Silva para organista da dita Capela, da qual viria a ser também seu mestre, em 1816. Concorreu, e foi aceite, tal como António José Soares, às vagas docentes resultantes da morte de João José Baldi para organista da Capela Real do Rio de Janeiro.

Tido como pouco sisudo e modesto, de carácter desenvolto, irascível e dado à maledicência, segundo alguns, era porém considerado de sensibilidade generosa por outros.

domingo, 12 de setembro de 2010

Tomás Borba


Tomás Borba nasceu em Angra do Heroísmo, em 1867, e faleceu em Lisboa, em 1950. Realizou seus primeiros estudos no Seminário de Angra do Heroísmo, onde em 1890 foi ordenado sacerdote. A sua vocação musical fez, porém, com que fosse para Lisboa frequentar o Conservatório, onde terminou os Cursos Superiores de Piano e de Composição.

Em 1901, foi nomeado Professor da cadeira de Harmonia. Inaugurou no Conservatório a cadeira de História da Música, da qual foi alguns anos regente. Exerceu funções na Escola Normal Primária e na Academia de Amadores de Música. Desempenhou funções da mais alta importância, sendo da sua responsabilidade a introdução da disciplina de Canto Coral nas escolas portuguesas.

Como compositor, a sua obra compreende música religiosa (missas, vários Te Deum, motetes e canções sacras) e música profana (ciclos de peças para piano, sonata para violino e piano, danças portuguesas e numerosas melodias).

sábado, 11 de setembro de 2010

Mateus Pereira de Lacerda


Mateus Pereira de Lacerda, presbítero secular do hábito de S. Pedro, nasceu em Angra na ilha Terceira. Filho de pais não sabidos e dado a criar pela Câmara a Clara Maria, residente na rua de Baixo de S. Pedro. Foi baptizado na Catedral, pelo Reitor da mesma, António de Sousa Figueiredo, a 23 de Setembro de 1771, sendo padrinho Cosme Mascarenhas, freguês da Sé de Angra. Aos dez anos entrou ao serviço da  Catedral como moço de coro. Posteriormente, desempenhou as funções de capelão supranumerário, sacristão, altareiro, capelão do número e mestre de capela, cargo que desempenhava desde 1808, por nomeação de D. José Pegado de Azevedo, sucedendo, respectivamente a Xavier António da Fonseca, João da Silva de Carvalho e Manuel Machado Dinis, que haviam ascendido a cónegos de prebenda da Sé de Angra. Além disso, são-lhe acrescentadas outras funções musicais, sobretudo a leccionação de canto de órgão. Era considerado um excelente músico com uma admirável voz de tenor.

sexta-feira, 10 de setembro de 2010

Pedro Machado de Alcântara

Nasceu na Conceição, a 19 de Outubro de 1849. Era filho de Manuel Machado e de Maria José. Era empregado público, tendo casado com D. Maria Leonor Vasconcelos Alcântara, com quem teve duas filhas. Faleceu aos 45 anos, vítima de pleuropneumonia, em Santa Luzia, a 25 de Julho de 1895. Chefe de orquestra, considerado um talento musical, realizou os seus estudos musicais na Claustra da Sé Catedral e foi capelão-cantor da capela catedralícia. Foi professor primário e empregado da repartição de fazenda da cidade de Angra do Heroísmo e um conhecido talento musical.